sábado, 28 de maio de 2011
segunda-feira, 16 de maio de 2011
SECAGEM DAS ERVAS
Quase todas as ervas podem ser usadas frescas ou secas. Entretanto, não há dúvida de que a erva fresca é melhor do que a erva seca.
Existem diversas formas de secar as ervas mas todas exigem paciência e uma certa habilidade.
Caso a intenção seja a de secar pequenas quantidades, o jeito é amarrar pequeninos maços e pendurá-los de cabeça para baixo, em local bem ventilado, de preferência escuro e com baixa umidade. Nunca ao sol.
Mas, mesmo tomando todos esses cuidados o resultado será medíocre.
Outra forma amadora de secar é colocar as ervas, dispostas em finas camadas, em uma bandeja, no forno do fogão com a porta entreaberta e em baixa temperatura ( 40º a 60° ).
Em ambas as formas um ventilador soprando na direção das ervas ajuda a retirar a umidade e apressa a secagem, o que melhora o resultado final.
Agora se a intenção for a de secar quantidade maiores e de se obter uma qualidade superior, é necessário um dispositivo que produza caloria constante e circulação forçada de ar.
Existem no mercado secadores próprios e eficientes para a secagem das ervas e de outros vegetais.
Entretanto, não são baratos, principalmente se a capacidade do secador for dimensionada para quantidades maiores.
Nós desenvolvemos o nosso sistema há mais de 30 anos e até hoje funciona perfeitamente. Pode não ser o mais econômico, mas é prático e eficiente.Construímos em alvenaria compartimentos retangulares com tampa de madeira. Internamente, cada um comporta 3 bandejas com o fundo de tela. O aquecimento é feito por resistências elétricas e um potente soprador, que faz com que o ar circule através das resistências e assim aquecido, sobe, atravessando o fundo das bandejas e as ervas ali dispostas, em camadas não muito grossas, retornando a parte inferior através de uma tubulação feita com manilhas de barro. Assim fica circulando pelo tempo que for necessário. Há um termostato que controla a temperatura mantendo-a constante e de conformidade com a necessidade de cada erva.
Dicas
1) É recomendável que antes da secagem as ervas sejam lavadas com água clorada.
2) Lembre-se que o difícil não é secar a parte externa das folhas, a dificuldade está na secagem da sua parte interna, na desidratação da folha.
3) Para manter a cor e o aroma das ervas, a secagem não deve ser feita com calor excessivo. A temperatura deve ficar entre 40° e 60°. A salsa é talvez a única erva que não perde a qualidade quando secada a uma temperatura mais elevada.
4) Nas primeiras horas da secagem deixe a tampa da secadora entreaberta para que a umidade possa sair.
5) Terminada a secagem, o que se dá quando as ervas começarem a quebrar na mão quando apertadas, passe-as numa peneira e guarde-as num vidro que fique bem fechado e em local escuro.
6) Não se esqueça de rotular o vidro com o nome da erva e a data em que foi feita a secagem.
domingo, 1 de maio de 2011
NUTRIÇÃO DA ERVAS
Como já dissemos, o solo para ser produtivo precisa ter bastante húmus, no entanto precisa também de fertilizantes. Por melhor que seja o solo, os nutrientes se esgotam com a produção intensiva e precisam ser renovados. Aí começam as divergências, a reposição deve ser feita só com matéria orgânica ou também com fertilizantes inorgânicos? Nós somos adebtos da segunda forma, pois achamos que a adubação puramente orgânica, sem a complementação com NPK, mesmo que em mínimas quantidades, não traz bons resultados. O horticultor que usa unicamente a adubação natural, vai encontrar dificuldade em manter a fertilidade do solo quando tiver que repor os nutrientes que a produção intensiva retira do solo. Usamos pesada adubação orgânica com o húmus de minhoca e como cultivamos, a maior parte das nossas ervas em canteiros elevados (temos mais de 2.300 metros lineares de canteiros elevados) muitas minhocas vão juntas com o húmus e ficam contidas nos canteiros, continuando alí o seu maravilhoso trabalho.
Nós não abrimos mão de acrescentar um pouco, muito pouco, de NPK na adubação.
Importante também é fazer a rotação das culturas, pois diferentes ervas não retiram sempre os mesmos nutrientes do solo.
Entre muitas outras indicações o NPK é valioso para o seguinte:
Nitrogênio ( N ) aumenta a produção das folhas; Fósforo ( P ) fortalece as plantas; Potássio ( K ) ajuda no desenvolvimento das raízes.
Nota: não usamos e desaconselhamos o uso de inseticidas, fungicidas, acaricidas, herbicidas e qualquer das outras " cidas "
COMO ENCHER OS CANTEIROS ELEVADOS
Nós da Provence enchemos os nossos canteiros com terra preta, isenta de plantas daninhas.
Uma dica é tirar a terra de um barranco onde as ervas daninhas crescem em menor quantidade. Misturamos a terra com húmus de minhoca. Caso você não consiga em quantidade bastante o húmus, use também esterco de gado bem curtido e acrescente uma pequena quantidade de adubo NPK 04-14-08.
Para não se arrepender mais tarde, não use somente o NPK, sem se preocupar com o húmus. O adubo inorgânico é um complemento para o solo bem alimentado, mas lembre-se, NPK não subtitui o húmus e o solo para ser produtivo precisa de muito húmus, lembre-se também que matéria orgânica nunca é demais.
Evite a compactação do solo que deve estar sempre fofo, sem o que as raízes terão dificuldade de nele penetrar.
Antes de plantar nivele bem o canteiro com um ancinho, retirando os torrões pesados.
De tempos em tempos complete o enchimento do canteiro, pois a medida que o tempo passa o solo se acomoda e vai necessitar de mais terra, e mais húmus.
Os 3 nutrientes inorgânicos que as ervas mais requerem são o N ( nitrogênio ) P ( fósforo) K ( potássio )
Assim a mistura segerida é de 04% de nitrogênio, 14% de fósforo e 08% de potássio.
Tenha sempre em mente que as ervas requerem muito pouca adubação inorgânica. É um plus, mas não uma necessidade indispensável para o desenvolvimento da planta.
(Raised Beds)
Se o solo é pobre, mal drenado, muito barrento e principalmente se for infestado por plantas daninhas, as ervas aromáticas devem ser cultivadas em canteiros elevados.
A construção pode ser feita com táboas de madeira, blocos de concreto, tijolos de barro ou qualquer outro material capaz de conter o solo com que se vai encher o canteiro. A profundidade deve ser de mais ou menos 30 cm, o suficiente para o crescimento das raízes. O fundo do canteiro deve ser coberto com brita n.2 para facilitar a drenagem.
Deixe alguns orifícios nas paredes perto do fundo, para permitir que a água possa escorrer.
A largura não deve ser superior a 1,20m. permitindo que se trabalhe dos 2 lados, sem pisar no canteiro.
O comprimento não deve ser maior do que 20m.
para evitar a tentação de se passar de um lado para o outro, pulando por cima do canteiro em vez de voltea-lo. É outra forma de se evitar em eventual pisoteio. Caso o projeto seja de construção de mais de um canteiro, lembre-se de deixar espaço suficiente para que um carrinho de mão possa transitar e até um cadeirante passear no meio dos canteiros.
É recomendável dar uma aguada de cimento no fundo, entre os canteiros e a sua volta, para evitar que o mato e as ervas daninhas ali cresçam, infestando a sua horta com plantas indesejáveis, difíceis de serem erradicadas.
Há ainda muitas outras vantagens no cultivo das ervas em canteiros elevados, por exemplo, a posição de trabalho é menos penosa. A pessoa trabalha em pé, em vez de acocorada. A mão de obra é muito menor, enquanto uma pessoa faz a capina manual de um canteiro no chão, uma outra faz de três canteiros elevados.
Fique certo o investimento retorna em muito pouco tempo.
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